Universalidade do Espiritismo
A mediunidade, sempre existiu, porque o homem sempre foi espírito. Em conseqüência as comunicações com os Espíritos aconteceram em todas as épocas e em todos os lugares. Se os fenômenos de assombramento vivenciados pela família Fox no séc. XIX deram nascimento ao estudo do Espiritismo e sua codificação, os feitos mediúnicos são tão antigos quanto o surgimento do homem e os fenômenos de assombramento sempre foram observados.
Na Índia, encontra-se nos Vedas, o mais antigo código religioso que se tenha conhecimento, surgiram, milhares de anos antes de Jesus Cristo; a existência dos Espíritos, o grande legislador Manou se exprime assim: “Os Espíritos dos ancestrais, no estado invisível, acompanham certos Brahms, sob uma forma aérea, eles os seguem e sentam ao seu lado” (Manou Slocas, 187, 188, 189).
Outro autor da Índia declarou “Bem antes que elas se desfaçam de sua capa mortal, as almas que praticaram apenas o bem, adquirem a faculdade de conversar com as almas que as precederam”.
Na China, a prática da evocação dos espíritos dos ancestrais é milenar.
No Egito, os mágicos dos Faraós efetuavam prodígios descritos na Bíblia; deixando de lado o que pode ser legendário nestas linhas, é certo que invocavam os mortos, já que Moisés proibia formalmente aos Hebraicos de praticá-lo. “Que entre vocês, ninguém use encantamentos, ou fale com os mortos para saber da verdade”.
Nos hebraicos, mesmo com a proibição de Moisés, Saul vai consultar a pitonisa de Endor e, pelo seu intermediário, se comunica com a sombra de Samuel. De mais, sempre teve pesquisadores que foram tentados por estas invocações misteriosas: eles se comunicavam uma doutrina secreta, denominada a Kabala.
Nos Romanos, a evocação era muito praticada, e, desde a fundação do império, o povo acreditava muito. Evocavam-se os mortos; os generais sempre estavam consultando os Espíritos, e nenhuma atividade importante acontecia sem uma prévia consulta espiritual.
O Espiritismo era praticado da mesma maneira que hoje em dia.
Os Gauleses (Druidas) se comunicavam com o mundo invisível, conforme inúmeros testemunhos.
Nos primeiros Cristãos, encontram-se nos atos dos Apóstolos, inúmeras indicações quanto à comunicação com os Espíritos.
São Paulo na sua primeira epístola ao corrinto, descreveu sob o nome de dons espirituais, todo tipo de mediunidade. Ele declara-se instruído diretamente pela Igreja de Jesus na verdade evangélica. Atribuía-se estas inspirações às vezes aos maus espíritos, denominado por algum como espírito de python. “meus amados, dizia Jean, não acreditem em todos os espíritos, mas comprovem se os espíritos são de Deus.”
Na idade média, a perseguição da igreja em relação à heresia abafou a comunicação com o mundo invisível, mas a tradição manteve-se.
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Centre Spirite Lyonnais Allan Kardec - (tradução - Vida Espírita)
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